
Em qualquer relacionamento — seja amoroso, familiar, de amizade ou até profissional — sentir-se verdadeiramente ouvido(a) é essencial. Mais do que palavras trocadas, ouvir é um ato de conexão, empatia e validação. No entanto, muitas pessoas vivem uma realidade diferente: falam, desabafam, compartilham… mas saem com a sensação de que suas palavras apenas ecoaram no vazio. Quando isso acontece, surge a pergunta incômoda: “Será que estou sendo ouvido(a) ou apenas tolerado(a)?”
O que significa ser ouvido(a)?
Ser ouvido(a) vai muito além de alguém ficar em silêncio enquanto você fala. É sobre presença, atenção e intenção. É perceber que a pessoa está realmente interessada no que você sente, pensa ou vive. É quando ela faz perguntas, olha nos olhos, valida suas emoções, demonstra compreensão — mesmo que não concorde.
Ouvir de verdade envolve o coração, e não só os ouvidos. É quando você sente que aquilo que diz importa. Que sua existência tem peso.
E o que é ser apenas tolerado(a)?
Ser tolerado(a) é quando a sua presença é ada, mas não bem-vinda. É estar ali, mas parecer invisível. Quando você fala, a outra pessoa parece entediada, impaciente, responde de forma mecânica ou muda de assunto rapidamente. Pode até dizer “aham”, “entendi”, mas sem olhar nos seus olhos ou sem qualquer envolvimento genuíno.
Ser tolerado(a) dá a sensação de estar sempre incomodando, atrapalhando ou pedindo demais — mesmo quando está apenas tentando se expressar. Com o tempo, isso mina a autoestima e enfraquece qualquer tipo de vínculo.
Sinais de que você está sendo apenas tolerado(a):
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A pessoa não para o que está fazendo para te ouvir.
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Você sente que precisa “pisar em ovos” para não causar irritação.
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Suas falas são frequentemente interrompidas ou desvalorizadas.
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Quando você compartilha algo importante, recebe respostas vagas ou frias.
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Ao expor suas emoções, sente que está sendo dramático(a) ou exagerado(a).
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A conversa termina e você continua com um nó na garganta.
O impacto emocional de não ser ouvido(a)
Não se sentir ouvido(a) pode gerar sentimentos profundos de solidão, frustração e até confusão sobre o próprio valor. Muitas vezes, quem vive isso começa a se calar, a engolir emoções, a desacreditar de si. Cria-se uma barreira invisível entre o que se sente e o que se expressa.
Essa falta de escuta pode afetar diretamente a saúde emocional e até física. A ansiedade e a tristeza se intensificam. A sensação de isolamento aumenta, mesmo estando cercado(a) de pessoas.
Relações saudáveis exigem escuta verdadeira
Escutar é uma via de mão dupla. Assim como você deseja ser ouvido(a), é importante também estar disponível para ouvir. Relações saudáveis se constroem com reciprocidade, respeito e atenção. Quando ambos se sentem seguros para falar e são acolhidos, os vínculos se fortalecem.
Por isso, é importante se perguntar: nas minhas relações, eu me sinto importante ou apenas conveniente? Minhas palavras encontram espaço ou são ignoradas?
E, se a resposta for dolorosa, talvez seja hora de repensar alguns laços.
Como lidar quando você percebe que está sendo apenas tolerado(a)?
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Reconheça seus sentimentos: você tem o direito de se sentir incomodado(a) e isso não te torna fraco(a) ou carente demais.
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Converse com honestidade: expresse como se sente, de forma assertiva, sem agressividade. Dê à outra pessoa a chance de refletir.
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Observe as reações: uma pessoa que se importa, mesmo sem perceber antes, vai tentar mudar.
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Estabeleça limites: se suas tentativas não forem valorizadas, pense até que ponto vale a pena insistir em uma relação onde você é apenas “ado(a)”.
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Cuide de si: procure estar perto de quem realmente te escuta, valoriza e acolhe.
Em resumo
Ser ouvido(a) é uma das formas mais profundas de se sentir amado(a) e respeitado(a). Não aceite menos do que isso. Você merece relações nas quais suas palavras não sejam apenas “adas”, mas sim escutadas com o coração aberto com elitegirl. Onde você não precise gritar para ser percebido(a).
Porque no fim das contas, todos nós queremos — e precisamos — ser vistos, ouvidos e compreendidos. E isso não é pedir demais. É o mínimo que todo ser humano merece.